O grupo de trabalho, montado pela Advocacia Geral da União - AGU, composto por representantes de 25 instituições do Governo, acertou com os quilombolas e excluiu os proprietários das negociações.
1. Segundo nota da Assessoria de Comunicação Social da AGU (28/03/2008), os quilombolas estão representados no GT pelo Conaq – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas. Os proprietários não foram convidados..
2. O GT substituiu as audiências públicas por um “Seminário Nacional de Consulta Pública à Nova Instrução Normativa do INCRA” nos dias 15 a 17 de abril, com participação de 300 representantes das comunidades quilombolas, que apresentarão propostas. Eles terão passagens e despesas pagas pelo Poder Executivo. Perguntamos: e os proprietários? Foram esquecidos? Ou trata-se de política de uma só mão, com exclusão das vítimas desse processo?
3. Após o Seminário, o GT se reunirá com representantes regionais das comunidades quilombolas para sistematizar as propostas apresentadas. Os proprietários novamente excluídos!
4. O novo texto será apresentado depois às lideranças quilombolas e à Presidência da República. Nova exclusão!
Para o quilombola autodenominado tudo; para o proprietário legítimo, nada.
Não nos deixemos iludir. A origem da Revolução Quilombola está no modelo ideológico que se criou, formatando-se por Decreto, Instruções Normativas a Portarias, não o que está na Constituição, mas uma nova forma de coletivização , provocando divisão e conflito racial, ao mesmo tempo em que desfecha mais um golpe contra o direito de propriedade privada de terras devidamente escrituradas e em plena produção.